Grey’s Anatomy 8X21

De vez em quando me questiono porque ainda assisto Grey’s Anatomy. A história de fato não tem o mesmo vigor que antes, não tem alguns grandes personagens do início, e é muito mais irregular. Também, já estamos nos encaminhando para 200 episódios, e é compreensível que a trama se comporte dessa maneira.

E se é tão irregular assim, porque ainda vejo (e gosto). Simples: Eu já conheço os personagens, já criei laços com esses, e somente o fato de vê-los tomando certas decisões e sempre aprendendo com essas, remete justamente a um grau de identificação mais particular. É clara a forma como os temas tratados têm muito mais maturidade, e como os personagens em si são mais maduros. Se a trama não tem mais o frescor de outrora, por outro lado ela nunca se contenta em permanecer estacionada, e vez ou outra vem aquela surpresa que lembra o quão interessante é aquilo que estamos vendo.

O episódio dessa semana, o 21º da oitava temporada, já veio com aquela cara de “adeus” que os espectadores da série tanto temem. Não uma cara de “adeus” porque a série esteja acabando, mas uma cara de “adeus” cheia de incertezas e com aquela carga de “fim de ciclo”.

É muito recompensador ver cenas como a de Meredith e Cristina separadas pela porta do quarto, impedidas de estarem juntas devido ao vírus de Meredith, e podemos observar o quanto a qualidade daquela amizade já foi ratificada tantas e tantas vezes, que hoje surge de forma deveras natural. É igualmente bom ver April Kepner tendo seus ataques, e de como aquela personagem sem graça e dispensável hoje se reafirma como alguém tão bem-vinda. E Alex Karev abrindo mão de estar a tempo na entrevista da residência para estar com um paciente, é só a prova de que ele é provavelmente o personagem que mais evoluiu em toda a série.

E Shonda Rhimes, criadora do show, já revelou que o final de temporada será bombástico, talvez o mais bombástico já criado por ela. E lembrando que essa mesma pessoa que revela essa informação, criou season finale como os das 2, 5 e 6 temporadas, onde os dois últimos em especial foram absolutamente devastadores. Resta esperar pra ver e, desde já, se preparar para o final de temporada de uma série que, no seu contexto, se mostra uma das mais sensíveis, humanas, e belas já feitas.

E até então, ficamos na espera.

ps: ainda vou pegar a prática de resenhar episódios individuais, a próxima será melhor. 😉